Volume de perícias laboratoriais cresce 30% em 2021
Departamento realizou mais de 70 mil perícias em drogas, material biológico e análises de DNA
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No total, 55.444 laudos de química forense foram emitidos pelo IGP em 2021, mesmo em meio à pandemia - crescimento de 42 % em relação à 2020, quando foram analisadas 38.439 amostras, e 38% em relação a 2019. As análises de drogas são solicitadas pelas autoridades policiais e são essenciais para subsidiar o inquérito policial com a prova material. Por meio delas, é possível identificar os tipos de drogas que estão entrando no Estado do Rio Grande do Sul. “Esse aumento das apreensões está diretamente relacionado à atuação do governo em programas como o RS Seguro, que qualificou o combate ao crime através de medidas de integração de diversas áreas do Governo do Estado”, afirma o diretor do Departamento, Daniel Scolmeister. “Os dados coletados são fundamentais para identificar o perfil de consumo dos usuários, informando para a sociedade o potencial lesivo das drogas comercializadas e até mesmo quais as novas substâncias estão ingressando no Estado. Com isso, esses dados podem nortear os órgãos de Segurança Pública no que tange à repressão ao tráfico no RS”, complementa o diretor.
O aumento também foi registrado na Divisão de Genética Forense, responsável pela análise de DNA em vestígios de crimes, identificação de indivíduos e coleta em apenados do sistema prisional. Em 2021, esta Divisão registrou um aumento de 71% de solicitações de exame de DNA na comparação com 2020. Foram 8.093 solicitações, frente a 4.738 registradas em 2020. Esse número está ligado ao aumento do número de coletas em apenados do sistema prisional e à realização do mutirão de coleta de familiares de desaparecidos no Estado, em junho, (que resultou em um aumento de 69% no número total de ranks - matches de identificação humana). A identificação se dá por meio do processamento das amostras de DNA não identificadas no Banco de Perfis Genéticos do IGP e da comparação com o material biológico de familiares que buscam seus desaparecidos. Esses números possibilitaram a liderança do IGP no ranking de identificação de indivíduos por DNA no país pela 6ª vez consecutiva. Confira a matéria aqui.
Já a Divisão de Toxicologia Forense, que realiza análises no sangue e urina para pesquisa de uso de álcool, drogas e medicamentos, chegou ao fim do ano sem acúmulo de perícias. “Foram emitidos mais laudos toxicológicos do que solicitados, zerando casos com pendência em 2021”, afirma o diretor. A Divisão realiza exames para auxiliar na identificação da causa mortis, na determinação do consumo de substâncias psicotrópicas, overdoses e exposição a venenos orgânicos e inorgânicos em casos forenses.
O Departamento de Perícias Laboratoriais é responsável por boa parte das perícias laboratoriais do Estado, e possui três Divisões: Divisão de Genética Forense, Divisão de Química Forense Divisão de Toxicologia Forense. Confira aqui as atribuições de cada seção. As perícias realizadas pelo DPL são solicitadas, basicamente, por outros Departamentos do IGP, autoridades policiais e judiciárias.
As expectativas para 2022 são de aumento no número de solicitações de todas as perícias atribuídas ao DPL, bem como da realização de novas demandas de exames laboratoriais.
Texto: Bruna Silva/ estagiária
Edição: Angélica Coronel