Fitinhas amarelas para promover a vida
Ação do Departamento Médico-Legal faz parte do mês de luta contra o suicídio
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Servidores, funcionários e visitantes do Departamento Médico-Legal (DML) do IGP, em Porto Alegre, estão carregando no peito o símbolo da luta pela qualidade de vida e contra o suicídio. Uma pequena fita amarela lembra a todos que Setembro é o mês dedicado ao debate e ao desenvolvimento de ações sobre esse tema. Cartazes também foram encaminhados para todas as unidades do IGP no interior e na capital.
A iniciativa de distribuir as fitas é da Seção Psicossocial do DML - responsável por acolher as vítimas de violência física ou sexual que são encaminhadas para exames. Durante o atendimento, as psicólogas e assistentes sociais buscam auxiliar as mulheres a adquirir ou fortalecer uma crença positiva em si mesma e enfrentar com coragem os fatores que causaram o sofrimento. “Nós, do DML, acabamos lidando com a questão do suicídio pelos seus efeitos, mas a prevenção é o melhor caminho. Precisamos conversar sobre isso, e mostrar que há saídas”, afirma o chefe da Seção, André Cecchini.

Conforme a Secretaria Estadual da Saúde, o potencial suicida dá avisos de que pretende tirar a vida. Entre eles, estão falar do desejo de morrer, falar sobre sentimentos de vazio, desesperança, isolamento, sensações de dor emocional e física incontroláveis, mudança nos hábitos de alimentação e sono, agitação e ansiedade. Conforme o Centro de Valorização da Vida (CVV) pensar em suicídio faz parte da natureza humana, mas a ajuda preventiva e a oferta de socorro podem evitar que 90% dos suicídios sejam consumados. O material produzido pelo CVV (acesse aqui) traz informações e dicas para se sentir melhor no cotidiano: atividades físicas ao ar livre, valorização dos relacionamentos interpessoais, participação de grupos de convivência na comunidade, descobrir e praticar novas habilidades etc. Lembre-se: nos primeiros sinais de sofrimento, procure ajuda nos serviços de saúde.
O suicídio é uma realidade dolorosa, porém faz parte da rotina do IGP. Além das perícias feitas no local onde o corpo é encontrado, há também o trabalho de necropsia e os exames laboratoriais no corpo da vítima. A análise dos dados de 2017 a 2019 resultou em uma pesquisa (leia aqui) que mapeou, entre outras variáveis, a idade, gênero, raça, horário, região, dia da semana dos suicídios que aconteceram no Rio Grande do Sul.