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Projeto distribui sementes de flores para vítimas de violência

Campanha do IGP, em parceria com as forças de segurança, pretende simbolizar um recomeço

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Durante a visita da Patrulha, Rosane (esq) recebeu o mimo entregue pelo IGP
Durante a visita da Patrulha, Rosane (esq) recebeu o mimo entregue pelo IGP - Foto: Ascom/IGP
Por Ascom/IGP

Envelope com cartão postal e sementes está sendo distribuído para vítimas e servidoras
Envelope com cartão postal e sementes está sendo distribuído para vítimas e servidoras - Foto: Ascom/IGP
Sementes podem fazer florescer uma nova vida. Com essa ideia, o IGP participa dos “16 Dias de Luta pelo Fim da Violência contra a Mulher".  Em Porto Alegre, o IGP criou uma campanha para apoiar as vítimas de violência de gênero. A campanha da Organização das Nações Unidas (ONU) começou em 25 de Novembro e se encerrou em 10 de dezembro. Diariamente, mulheres vítimas de violência passam por atendimento clínico nos Postos Médicos-Legais do IGP, onde é feita a verificação da violência física ou sexual. 

Sementes de girassóis, petúnias, azaleias e margaridas estão sendo entregues às mulheres durante as Patrulhas Maria da Penha, da Brigada Militar - que visita mulheres ameaçadas pela violência de gênero - e na Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM), da Polícia Civil, em Porto Alegre. Em um cartão, uma mensagem de apoio procura encorajar as vítimas. “A ideia é apoiar e aconchegar as vítimas da violência de gênero. As sementes procuram mostrar que é possível semear uma vida diferente, com o apoio das forças de segurança” afirma a Diretora-Geral do IGP, Heloisa Kuser.  Os envelopes também foram distribuídos para as peritas, papiloscopistas e fotógrafas criminalísticas do IGP, que atendem locais de crime e lidam diariamente com a violência.

A campanha é resultado de parcerias. As sementes foram doadas por uma empresa privada, e a arte digital que identifica o projeto foi doada pela artista plástica Élin Godois. É uma adaptação do projeto Flor e Ser, criado em 2019 pelos servidores do IGP (leia aqui). No ano passado, flores doadas após casamentos foram colocadas em arranjos menores, e entregues às vítimas atendidas na Delegacia da Mulher e às que são visitadas em casa pela Patrulha Maria da Penha. Neste ano, com a restrição de festas de casamento imposta pela pandemia, a solução foi a distribuição das sementes. 

Carolina pretende plantar as flores na nova casa, longe do agressor
Carolina pretende plantar as flores na nova casa, longe do agressor - Foto: Ascom/IGP
Quinhentos envelopes foram distribuídos. Nesta quinta-feira (10), no encerramento do projeto, a entrega aconteceu na Vila Mario Quintana, na zona norte da cidade. A papiloscopista Maíra Meneguel, do IGP, acompanhou a patrulha Maria da Penha, e entregou o pequeno presente para a cozinheira Carolina Silveira. Ela, que  pretende plantar a flor na casa para onde está se mudando, resumiu bem o significado da ação. "É um passo de coragem. A gente vai tomando conta da nossa vida, assim como uma flor que vai crescendo" resume.  

  

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