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João Alberto morreu por asfixia, diz perícia

Laudos envolvendo a morte de homem negro em supermercado da capital foram apresentados hoje

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Entrevista coletiva do IGP e da Polícia Civil esclareceu detalhes do inquérito
Entrevista coletiva do IGP e da Polícia Civil esclareceu detalhes do inquérito - Foto: Ascom/IGP
Por Ascom/IGP

Os laudos referentes à morte de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foram apresentados em entrevista coletiva hoje, 11, no Palácio da Polícia, em Porto Alegre. Ele morreu após ser dominado por seguranças do supermercado Carrefour, no dia 19 de novembro. O caso alcançou grande repercussão, por se tratar da morte de um homem negro, na véspera do Dia da Consciência Negra.

Diretor do DML, Eduardo Terner, e Diretor-Geral do IGP, Heloisa Kuser
Diretor do DML, Eduardo Terner, e Diretor-Geral do IGP, Heloisa Kuser - Foto: Ascom/IGP

A causa da morte foi asfixia mecânica por sufocação indireta. Segundo o Diretor do Departamento Médico-Legal do IGP, Eduardo Terner, esse tipo de asfixia ocorre quando há peso sobre a região torácica ou lombar, que perturba o mecanismo de respiração e impede a expansão do tórax.

Para chegar a essa conclusão, os peritos médico-legistas fizeram várias análises. Além da necrópsia, foram coletados fragmentos de órgãos internos para análise anatomopatológica e para os exames toxicológicos, que descartaram o consumo de álcool e drogas pela vítima. Vídeos fornecidos pela Polícia Civil também foram analisados para a compreensão da dinâmica do fato. Três médicos-legistas, patologistas e os peritos que atuaram na cena do crime trabalharam integrados. “Foi um trabalho de alta complexidade, o que determinou o tempo para a entrega dos Laudos”, afirmou a Diretora-Geral do IGP, Heloisa Kuser.

Seis pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil, por homicídio triplamente qualificado, pela morte de João Alberto. A asfixia revelada no Laudo do IGP é considerada uma das qualificadoras do crime. As outras duas são motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Três pessoas estão presas.

IGP-RS