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Brinquedoteca e Sala Lilás confortam mulheres e crianças

Serviços do DML fazem parte de projeto destinado ao acolhimento das vítimas

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Brinquedoteca instalada no DML
Brinquedoteca instalada no DML - Foto: Ascom/IGP
Por Ascom/IGP

- Posso pegar mesmo, tia? Diz o menino, agarrado ao super herói de plástico.

- Pode sim, é teu – responde a assistente social.

O pequeno pega o brinquedo e, sensibilizado com o presente, chora. A cena, comum em datas comemorativas como Natal e aniversários, aconteceu em um lugar diferente: uma peça de cerca de 4 metros quadrados, lotada de jogos, bichinhos de pelúcia e com paredes pintadas de azul, rosa e branco, na sede do DML - Departamento Médico Legal em Porto Alegre. As crianças mais carentes podem levar para casa o brinquedo ou livrinho que gostaram. A rede de solidariedade que se formou logo após a inauguração, em março deste ano, garantiu até doações extras, que foram levadas para postos do interior.

A brinquedoteca surgiu pela necessidade de distrair as crianças e garantir a elas um local apropriado enquanto esperam pelos familiares – na maioria mulheres, que estão no prédio para fazer exame de corpo de delito ou passar pela perícia psíquica. “Foi uma forma de nos aproximar da comunidade. Para a maioria da população, o DML só atende quem já perdeu a vida”, afirma o diretor do DML, Luciano Haas. Ele cita ainda um outro benefício da implantação da sala: afastar as crianças dos locais por onde transitam os detentos, que também são atendidos pelos médicos legistas. O entretenimento ainda garante atendimentos mais tranquilos para a assistente social Martha Santos Rocha. “Antes as mães se dividiam: precisavam contar suas histórias e ainda dar atenção às crianças. Agora, a escuta é mais qualificada” conta ela, que também costuma levar alguns brinquedos para a própria sala para distrair os bem pequenos. A brinquedoteca ainda ajuda a relaxar os menores, vítimas de abuso sexual ou físico, antes de serem atendidos. São em média três crianças por dia nessa situação.

Sala Lilás atende mulheres em todo o Estado
Sala Lilás atende mulheres em todo o Estado - Foto: Ascom/IGP

SALA LILÁS – o cuidado com os públicos que são atendidos no DML não se resume às crianças. Mulheres vítimas de violência sexual ou física também recebem atendimento humanizado na Sala Lilás. Mais do que paredes pintadas nesta cor, o local sinaliza um cuidado ampliado. Psicólogos e assistentes sociais fazem o acolhimento e dão orientações sobre como acessar serviços jurídicos e de saúde. De março a maio deste ano, foram 610 atendimentos em Porto Alegre. No interior, no mesmo período, foram 834, nos postos de atendimento das cidades de Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Ijuí, Pelotas, Santa Rosa, Santa Maria e Vacaria. A integração nos atendimentos faz parte do projeto Acolher, que prevê a atenção integral para os públicos mais vulneráveis à violência doméstica e sexual. "É importante que essas vítimas sejam acolhidas e tratadas com dignidade. Essa é a preocupação não só do IGP, mas de todos os órgãos de segurança pública que participam do programa RS Seguro", afirma a Diretora Geral do IGP, Heloisa Kuser.

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