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Vítimas de acidente são identificadas pelo IGP

Métodos usados na identificação possibilitaram liberação dos corpos no menor tempo possível

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Perito do IGP caminha próximo a dois carros, um batido e outro queimado
Estado dos corpos exigiu utilização de vários métodos de identificação - Foto: Maurandrei Machado/IGP
Por Ascom/IGP
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Áudio com o texto da matéria Crédito: Angélica Coronel/narração

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As duas mulheres – mãe e filha – que morreram carbonizadas em um acidente de trânsito na Ponte do Guaíba, em Porto Alegre, já foram identificadas pelo Instituto-Geral de Perícias. O estado dos corpos foi um desafio para o trabalho, que envolveu diferentes departamentos do IGP.

A primeira vítima foi reconhecida um dia após o acidente, permitindo a rápida liberação para o sepultamento. O trabalho foi feito pelo Laboratório de Necropapiloscopia do Departamento de Identificação. Foram aplicadas técnicas de limpeza e hidratação da pele, para revelar as papilas dérmicas e, assim, obter a identidade. “Por se tratar de um corpo carbonizado, a experiência do papiloscopista determinou a técnica a ser aplicada”, explica a chefe da Divisão de Identificação Criminal, Flávia Ferreira.

Raio X da arcada dentária foi utilizado para uma das identificações
Raio X da arcada dentária foi utilizado para uma das identificações

A identificação da segunda pessoa foi realizada por meio da Odontologia Legal. As imagens radiográficas da arcada dentária, fornecidas pelo dentista da vítima, foram usadas como base para comparação. Depois do recebimento do material, o corpo foi identificado no mesmo dia e liberado. “A cooperação da família e a guarda do prontuário pelo cirurgião-dentista são fundamentais. Materiais como Raio-X dos dentes e dos seios da face, aparelhos dentários ou a ficha clínica nos ajudam a descrever as características da vítima e apontar com exatidão a sua identidade. Além disso, o trabalho dos técnicos em radiologia é fundamental para a rápida execução da técnica”, explica a perita criminal com especialização em Odontologia Legal, Renata Duarte. Com a utilização deste método, evitou-se a realização do exame de DNA, que é igualmente eficaz, mas envolve mais custos e possui um tempo mais lento para resolução.

O acidente aconteceu por volta das 11 horas do dia 12 de abril, no trecho da BR-290 que passa pela capital. O primeiro atendimento do IGP foi feito pela equipe especializada em trânsito do Departamento de Criminalística. O exame pericial, realizado logo após o acidente, apontou que um veículo Jeep colidiu com a parte traseira do veículo Gol, dirigido por uma das vítimas. O Laudo aponta que o Gol trafegava em uma velocidade abaixo de 40 km/h, dificultando que o motorista do Jeep desviasse a rota. Após o trabalho no local, os corpos foram removidos pela Seção de Remoção Fúnebres do Departamento Médico-legal, que realizou a necropsia.

Os três métodos oficiais de identificação são a papiloscopia, o reconhecimento da ossada ou da arcada dentária e o exame de DNA. Cada um deles possui um prazo diferente, o que costuma gerar ansiedade nas famílias. Mais informações para compreender esses processos podem ser acessadas neste link

As vítimas foram identificadas como Salete Beatriz Rodrigues e Tâmara Jaqueline Rodrigues Albuquerque.

Texto: Angélica Coronel/IGP

IGP-RS