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Rio Grande do Sul é o estado que mais identifica pessoas desaparecidas por DNA

Pela 7ª vez consecutiva, o IGP tem destaque em ranking nacional

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Homem com jaleco ao fundo, mexendo em equipamento. No primeiro plano, pipetas de laboratorio
Identificações humanas são tratadas como prioridade no Departamento - Foto: Carlos Ismael Moreira/SSP
Por Ascom/IGP com revisão Ascom/SSP
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Confira a narração da matéria em áudio

Narração do texto Crédito: Narração: Tábata Kolling/Estagiária Ascom

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CORREÇÃO (10/08): as 69 identificações humanas foram realizadas pelo IGP desde o início do trabalho, e não no semestre compreendido entre novembro de 2021 e maio de 2022, como informado anteriormente.
O mais recente Relatório da Rede Integrada de Banco de Perfis Genéticos, publicado pelo Ministério de Justiça e Segurança Pública, destaca o trabalho do Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP). Pela sétima vez consecutiva, o IGP é o primeiro estado em identificações humanas a partir dos vínculos genéticos entre familiares e pessoas desaparecidas. Foram 69 pessoas identificadas por meio da inserção das amostras no Banco de Perfis Genéticos. Esses perfis são processados semanalmente e comparados às amostras doadas por familiares que procuram a identificação. "A cada dez pessoas identificadas no Brasil por meio do Banco de Perfis Genéticos (BPG/RS), quatro são identificadas pelo IGP. Esses resultados ilustram a importância que damos ao drama do desaparecimento de pessoas, e o sofrimento dos familiares de pessoas desaparecidas", afirma o chefe da Divisão de Genética Forense do Departamento de Perícias Laboratoriais do IGP, perito criminal Gustavo Kortmann. Para ceder material para o Banco, é preciso que familiares das pessoas desaparecidas sejam encaminhadas pela autoridade policial. 
Hoje, o BPG/RS soma hoje 1.165 amostras, o que coloca o IGP em quarto lugar entre os maiores bancos de perfis genéticos de pessoas desaparecidas do país. Destas amostras, 554 são de restos mortais de pessoas ainda não identificadas. Ao longo do semestre, foram inseridos 2.169 novos perfis no Banco nacional de Perfis Genéticos (BNPG), o segundo maior volume de contribuições. Já são 13.690 perfis inseridos pelo IGP no BNPG, desde o início do trabalho, em 2011. "O fato de sermos o segundo laboratório de genética forense do Brasil que mais inseriu perfis genéticos no semestre demonstra a constância no comprometimento e esforço da nossa equipe em contribuir com a resolução de crimes e em prestar um melhor serviço à população", reforça o perito.
  
Perfis de condenados – além da identificação de pessoas desaparecidas, o BPG/RS também realiza a coleta de material genético entre condenados do sistema penal, que cumprem pena por crimes graves. O processamento destas amostras permite identificar autores de crimes, já que comprova o vínculo genético entre o condenado e os vestígios coletados no local de crime. Até agora foram inseridos no BPG/RS 11.346 perfis genéticos, colocando o estado em terceiro lugar com maior contribuição absoluta de perfis de condenados, no ranking atual.
Mortes em Carazinho- todas as amostras coletadas para a identificação das vítimas do incêndio do Centro de Tratamento (Cetrat) de Carazinho, em 23 de junho, foram processadas. Três corpos já foram identificados e podem ser retirados pelos familiares. Até agora, no entanto, apenas sete das nove famílias forneceram o material comparativo para identificação via DNA. Destas, quatro são de material genético fornecido exclusivamente pelas irmãs das vítimas, o que aumenta o tempo de processamento genético, muitas vezes necessitando da doação de saliva ou sangue de mais familiares para uma identificação conclusiva. As demais identificações serão processadas tão breve chegarem as amostras dos familiares pendentes, já que as identificações humanas são tratadas como prioridade pelo Departamento e não há fila de espera.
IGP-RS