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Perícia confirma falsificação de notas usadas em golpe

Dinheiro estava sendo usado para pagar produtos, lesando os vendedores

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Perícia fornece a prova técnica que comprova o golpe dado pela quadrilha
Perícia fornece a prova técnica que comprova o golpe dado pela quadrilha - Foto: Ascom/IGP
Por Ascom/IGP

As notas de dinheiro usadas por uma quadrilha para aplicar golpes na internet eram falsas. A confirmação veio da perícia realizada pelo Departamento de Criminalística do IGP. O material passou por diversos testes, que comprovaram a falsificação.

Tons azulados na nota falsa, acima. Abaixo, a verdadeira
Tons azulados na nota falsa, acima. Abaixo, a verdadeira - Foto: Ascom/IGP

Os peritos começam analisando o tipo de impressão da cédula (as autênticas apresentam alto relevo) e se a tarja holográfica reflete alternadamente o valor da nota e a palavra reais – testes que todo cidadão pode fazer ao desconfiar do dinheiro. Também realizam outra ação simples, de esfregar a nota em um papel. “Tanto a nota verdadeira quanto a falsa podem marcar o papel, mas a verdadeira segue com a impressão intacta, e a nota falsa perde qualidade”, explica o perito criminal Eduardo Lima Silva.

A análise seguinte é feita com luz ultravioleta. As cédulas são colocadas em um equipamento chamado VSC - Video Spectral Comparator. Enquanto nas cédulas verdadeiras apenas algumas partes refletem esse tipo de luz, de forma fluorescente e com cores específicas, nas falsificadas vários pontos reagem à luz UV, em tons azulados. O equipamento também é usado para aumentar a visibilidade de uma parte da nota, que deve permitir a leitura de microtextos, por exemplo, vários números 0 e 1. As falsas não apresentam essa característica, devido à qualidade inferior de impressão.
O tipo de papel também é definitivo para a comprovar o crime. A cédula autêntica possui uma marca d´água que faz parte do processo de impressão do papel emitido pela Casa da Moeda. Nas notas falsificadas ela aparece como um carimbo, sobreposto à cédula. “Qualquer um desses elementos, que não esteja de acordo com a cédula oficial, já é suficiente para apontar a falsificação”, explica o perito.

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Confira a transcrição da matéria em áudio

Áudio transcreve a reportagem Crédito: Angélica Coronel/ narração

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Notas usadas pelos golpistas
Notas usadas pelos golpistas - Foto: Ascom/IGP
O golpe – foram analisadas cédulas de 50 e 100 reais, apreendidas pela Delegacia de Polícia Civil de Gravataí. Algumas apresentavam repetições nos números de série. Elas eram usadas por um grupo criminoso para comprar produtos, como celulares e aparelhos de televisão, que estavam sendo vendidos pelas vítimas na internet. O pagamento era feito com as notas falsas, e depois os produtos eram revendidos. Mais de cem pessoas teriam sido vítimas do golpe, aplicado na região metropolitana de Porto Alegre e na capital. Segundo o delegado Guilherme Calderipe, da DP de Gravataí, além de comprovar a falsificação, a perícia a enquadrar os criminosos. “Dependendo do que for mostrado no Laudo, dá pra comparar vários casos e verificar se foram os mesmos autores que produziram as notas”, afirma.

IGP-RS