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Perícia auxilia na elucidação de homicídio ocorrido em 2016

Provas técnicas foram essenciais para a condenação pela justiça de mulher que assassinou o ex-marido e enterrou o corpo

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Casa onde foi encontrada a ossada
Ossada foi encontrada em um novo anexo da residência, onde funcionava a lavanderia. - Foto: Micheli de Quadros/IGP
Por Ascom/IGP

Com o auxílio das perícias realizadas pelo Instituto-Geral de Perícias, foi comprovado que a ré em um caso de homicídio ocorrido em Arroio do Sal era culpada. A ossada de um homem jovem, desaparecido quatro anos antes, foi encontrada enterrada debaixo de uma construção em um terreno em 2020. Ele foi identificado pelo Departamento de Perícias Laboratoriais por meio de exame de DNA feito a partir de um dente, e a principal suspeita do homicídio era a ex-esposa da vítima.
O júri iniciou às 9 horas da quinta-feira (19/01), e foi finalizado apenas na madrugada desta sexta (20/01). Os peritos criminal e médico-legista depuseram ao final, e as provas técnicas foram fundamentais para explicar a dinâmica dos fatos, comprovando que a vítima foi esquartejada e derrubando a versão da ré, que alegava legítima defesa.
Ela foi condenada por unanimidade, e teve pena estabelecida em 18 anos e dez meses de reclusão. Após o julgamento, o perito criminal Guilherme Behr recebeu mensagens positivas de pessoas que estavam presentes, parabenizando a atuação dos peritos que depuseram.

Entenda o caso -  Jonathan Martins de Almeida desapareceu em dezembro de 2016, aos 37 anos. Quatro anos depois, na residência em que ele vivia com a companheira, em Arroio do Sal, foi encontrada uma ossada humana enterrada sob o piso de um novo anexo da residência, construída em alvenaria. A mulher, que chegou a registrar ocorrência por abandono de lar contra Jonathan em 2017, foi então presa, assim como seu novo marido.
Segundo informações recebidas pela polícia, Jonathan e a companheira viviam uma relação complicada, e ele pretendia se separar. Ela não aceitava o fim da união, o que fez pessoas próximas suspeitarem do crime já na época do desaparecimento. O fato do vigilante ter valores a receber quando desapareceu também era motivo de suspeitas, porém não haviam provas.
Em 2020, a polícia recebeu um telefonema anônimo indicando o local onde o corpo estava enterrado, o que permitiu que o local fosse monitorado e que se obtivesse um mandado de busca e apreensão. Com a participação de cães farejadores do Corpo de Bombeiros, a casa foi vasculhada e a ossada foi encontrada no local onde ficava a lavanderia da residência.

Texto: Tábata Kolling/ Estagiária
Edição: Anelize Sampaio/ Ascom SSP

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