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Novas técnicas auxiliam a identificação de cadáveres

Uso de software de imagens facilitou trabalho dos papiloscopistas do IGP

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Foto da impressão digital do cadáver foi tratada em software
Foto da impressão digital do cadáver foi tratada em software - Foto: Ascom IGP
Por Ascom/IGP
Dedo anular direito do cadáver foi fotografado e analisado
Dedo anular direito do cadáver foi fotografado e analisado

O uso de um software de edição de imagens auxiliou os papiloscopistas do IGP a identificar um cadáver, encontrado na cidade de Ijuí. O corpo estava em estado de saponificação cadavérica – quando a gordura corporal o transforma numa massa pastosa e sem forma, devido à idade, obesidade, causa da morte ou local onde ficou armazenado. A falta de aderência impossibilitava a coleta das impressões digitais com os métodos tradicionais. A solução encontrada foi fazer fotografias dos dedos do cadáver. Esse método alternativo é usado quando as técnicas tradicionais não são possíveis ou se o manuseio pode prejudicar o material periciado, e tem alcançado bons resultados. A papiloscopista Fabiane Barela, do Posto de Identificação de Santo Ângelo, enviou as fotos para a Divisão de Perícia Necropapiloscópica/ Laboratório de Necropapiloscopia do IGP, em Porto Alegre. O material foi tratado no software e confrontado com as imagens armazenadas no Banco de Dados do Departamento de Identificação. Assim, foi possível obter as condições necessárias para o confronto com o provável nome, com resultado positivo. “Concluímos o trabalho na mesma manhã e pudemos liberar o corpo para a família”, afirma Ana Beatriz Cardoso, Chefe da Seção de Identificação Criminal e Necropapiloscopia de Porto Alegre, comemorando o trabalho em conjunto.

O Laboratório de Necropapiloscopia do IGP recebe material de cadáveres em estados especiais, como putrefação, carbonização, saponificação, etc., para tratamento e revelação de impressões digitais. Em mais de 90% das vezes, os resultados são positivos. A equipe já desenvolveu várias técnicas de tratamento de tecidos e métodos de revelação que hoje são utilizadas pelos Papiloscopistas no plantão do DML e no Laboratório de Necropapiloscopia, de acordo com os vários estados de conservação do cadáver.

IGP-RS