O perito-criminal Marcelo Bromfman Nadler, coordenador do Núcleo de Combate à Pedofilia e ao Abuso Infantojuvenil (NUCOPE), recebeu nesta quarta-feira (29) o Prêmio de Reconhecimento Funcional 2025 no âmbito do Instituto-Geral de Perícias.

A distinção, promovida pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) foi entregue nesta quarta-feira (29/10), no Salão Negrinho do Pastoreiro do Palácio Piratini, como parte da programação da Semana do Servidor Público, e tem o objetivo de valorizar servidores que fazem a diferença na administração pública estadual.

Nadler foi o mais votado entre os servidores do IGP, e portanto foi o representante da perícia criminal na premiação, que destacou um servidor de cada secretaria e órgão do Estado.

O Nucope é uma iniciativa pioneira no país que oferece uma resposta articulada e especializada aos crimes de abuso infantojuvenil, aliando tecnologia, ciência e acolhimento humanizado. Coordenador do núcleo, Nadler agradeceu a reconhecimento proporcionado pelos colegas.

“Quero fazer um agradecimento a todos os colegas que participaram da votação e dizer que fiquei muito feliz com o resultado. Este trabalho só teve destaque por termos centenas de pessoas tão dedicadas e competentes no IGP. É um orgulho muito grande ser servidor da Perícia Criminal do RS e poder contribuir para um mundo mais justo e seguro”, destacou Nadler.

Criado em julho de 2025, o NUCOPE é formado por um grupo de sete servidores de três áreas especializadas, que atuam de forma integrada para fortalecer as investigações e garantir o acolhimento das vítimas: informática forense, genética forense e perícias psíquicas.

A informática forense é responsável pela coleta e análise de provas digitais, como arquivos, mensagens e registros online, fundamentais para comprovar a materialidade de crimes cibernéticos e agilizar as investigações. Já a genética forense realiza exames laboratoriais que permitem identificar agressores e localizar vestígios em diferentes contextos, ampliando o escopo de provas.

Completando o trabalho técnico, a perícia psíquica atua no acolhimento das vítimas e na avaliação dos impactos psicológicos, fornecendo subsídios importantes às autoridades e contribuindo para estratégias de recuperação e apoio.

A criação do núcleo reflete o investimento contínuo do governo do Estado na modernização da perícia criminal. Nos últimos dois anos, o IGP recebeu R$ 12 milhões em novas tecnologias, incluindo equipamentos capazes de desbloquear celulares modernos e extrair dados essenciais para as apurações.

As investigações podem ser iniciadas a partir de registros de ocorrência, denúncias anônimas ou monitoramento contínuo do ambiente digital. O número para denúncias é o 181, também conhecido como Disque-Denúncia, um canal seguro disponibilizado à população. Em todas as ligações, são garantidos o sigilo e o anonimato do informante.